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CAMPANHA DO DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA A AIDS 2010/SESAU


CAMPANHA DO DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA A AIDS- 2010
“II CAMINHADA PELA VIDA”

TEMA: “Jovens! Lute contra a Aids, caminhando para a Vida”.

A Secretaria de Saúde de Ananindeua através da CM-DST/Aids/HV apresenta para a Campanha do Dia Mundial de Luta contra a Aids do ano de 2010, a “II Caminhada pela Vida” no Município de Ananindeua, que terá como tema “Jovens! Lute contra a Aids, caminhando para a vida”.
Para marcar a data, haverá uma caminhada que contribuirá para diminuir o preconceito e a vulnerabilidade dos jovens a epidemia das DST/HIV/Aids. Além de realizar um apelo, para a execução do diagnostico do HIV na população jovem com faixa etária de 15 a 24 anos.
A escolha do tema reflete o compromisso que o município de ananindeua vem tendo no atendimento prioritário da saúde aos jovens usuários do Sistema Único de Saúde, onde está inserido um conjunto de ações voltadas para a população jovem.

No dia 1 de dezembro de 2010 de 8:00 as 13:00h,ocorrerá a mobilização na praça da Bíblia para a realização do diagnòstico do teste rápido do HIV, priorizando a população de jovens na faixa etária de 15 a 24 anos, coordenado pelo Centro de Testagem e Aconselhamento de Ananindeua – CTA/Ananindeua, objetivando divulgação da Campanha fique sabem em nosso Município.
O Trio Elétrico em conjunto com a Banda concentrará no horário das 8:30h na Arterial 18 (Abacatão) com saída as 9:00h, percorrerá a rotatória com rumo a SN-3 (CN IV) até a praça da Bíblia (CN II).
Para finalizar o Dia 1 de Dezembro ocorrerá o lançamento do Laço Inflável (4 metros) no dia da Campanha em plena praça pública (praça da bíblia). Pois o laço vermelho é visto como símbolo de solidariedade e luta contra a Aids. Portanto seja solidário abrace essa causa.
 
Fonte  Shirlei Moraes
          CM-DST/Aids/HV/Anan
Secretaria Municipal de Saude de Ananindeua/ Coordenação Municipal de DST/AIDS/HIV/HV

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Dia Mundial de Luta Contra a AIDS/SESPA


B-01-dest
A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), por meio da Coordenação Estadual de DST/Aids e Hepatites Virais, realizará uma série de ações voltadas ao Dia Mundial de Combate à Aids, comemorado em 1º de dezembro.

As atividades terão início na segunda-feira, 22, no Hotel Beira Rio, com a oficina de apresentação de projetos sociais que receberam recursos do governo estadual em 2009 e 2010. Cada Organização Não Governamental (ONG) terá 15 minutos para apresentação e outros 10 para debate.
Segundo Lourival Marsola, coordenador estadual de DST/Aids e Hepatites Virais, é um momento para “prestar contas, avaliar o cumprimento das metas previstas e também de trocar ideias com as organizações da sociedade civil que desenvolvem suas estratégias em municípios de nosso Estado”.
No dia 30 de novembro, também no hotel Beira Rio, acontecem mais dois eventos associados ao tema HIV/Aids: o segundo Seminário Estadual de Prevenção Positiva, voltado a profissionais de saúde, e uma oficina de capacitação para jornalistas com enfoque sobre a Transmissão Vertical do HIV e Sífilis. Ainda na ocasião haverá o lançamento do Boletim Epidemiológico em DST/Aids e da Campanha pelo Dia Mundial de Luta contra a Aids no Estado.
Com o objetivo de estimular a prática do conceito de prevenção por meio do tema “Avanços e Desafios na Assistência às Pessoas Vivendo com HIV/AIDS no Pará", o Seminário reunirá gestores e profissionais de saúde, bem como integrantes de movimentos so
ciais engajados na questão. O encontro acontecerá entre 8 e 13 horas.
Na sequência, de 14 às 17 horas, profissionais de mídia serão treinados sobre o fluxo e as diretrizes para o aconselhamento, o diagnóstico e o tratamento das Doenças Sexualmente Transmissíveis, com destaque para a transmissão vertical do HIV e da sífilis congênita. Trinta vagas estarão abertas aos interessados no assunto.
O coordenador estadual de DST/Aids e Hepatites Virais, Lourival Marsola, informa que a oficina voltada aos jornalistas é uma das metas do Plano de Eliminação da Sífilis", publicado em 2009, o qual tem como meta eliminar a sífilis congênita em todo o País até dezembro de 2013.
Após a oficina, serão lançados o Boletim Epidemiológico em DST/AIDS e a Campanha pelo Dia Mundial de Luta contra a AIDS, cujo tema será "Com Camisinha, tudo pode rolar". A campanha de 2010 será no dia primeiro de dezembro acontecerá simultaneamente na Praça da República, em Belém, e nos municípios de Barcarena, Castanhal, Bragança, Marabá e Santarém.
Em todos esthiases locais haverá mobilização pela testagem entre adolescentes e jovens adultos na faixa dos 13 a 24 anos, que serão alvo da campanha por corresponderem 13% dos 9.428 casos notificados de HIV no Estado entre 1980 e junho de 2010. Em Belém, as ações acontecerão no coreto central da Praça da República, de 8 às 12 horas.
Após o Dia Mundial de Combate a Aids, no dia 07 de dezembro, outros dois eventos serão realizados no Hotel Beira Rio: o segundo Seminário de Aids e Religiões, com foco nas religiões de matriz africana, pela manhã, e o segundo Seminário de Políticas Públicas em DST/Aids, durante a tarde.

Fonte da Noticia: ASCOM/SESPA
http://www.saude.pa.gov.br/dstaids/index.php?option=com_content&view=article&id=200:dia-mundial-de-luta-contra-a-aids&catid=37:destaques
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Psiquiatra de Curitiba afirma que nunca viu casal homossexual feliz e defende tratamento

Com o texto “Homossexualidade é Doença?”, o psiquiatra e nutrólogo Luiz Eduado Adnet, carioca radicado em Curitiba, defende em seu site que profissionais da saúde mental deveriam poder tratar pacientes que não estão felizes com a sua sexualidade. Chamada de sexualidade egodistônica, o profissional afirma que o próprio Código Internacional de Doenças descreve o distúrbio e que pode ser tratado.

Em outro texto em seu site, separando homossexualidade (tendência homossexual) de homossexualismo (estilo de vida), o médico afirma que o segundo termo é uma opção de vida, enquanto a homossexualidade não é uma opção em muitos casos. Apesar de sua conclusão, Adnet afirmou em conversa com a Lado A ao ser questionado se a homossexualidade é uma doença: “Não há um consenso na comunidade internacional sobre isso. Não existe esse consenso”. O médico defende ainda que a saída da homossexualidade do rol de doenças da Organização Mundial da Saúde foi por votação, o que demonstra não haver uma conclusão científica. Ao ser perguntado da proibição de tratamento de homossexuais, ele afirmou que a restrição existente é válida apenas aos psicólogos.

Ele afirmou ainda que há homossexuais em sua família e que até hoje não conheceu um casal homossexual feliz, em 23 anos de profissão. Com discurso confuso evocando a manipulação das minorias por forças políticas e misturando conhecimento científico com percepções pessoais, o médico declara que não é homofóbico e questiona até dialeticamente a questão como o caso da palavra "casal" para denominar dois gays.

Para o médico, há casos em que é possível reverter um condicionamento homossexual em um condicionamento heterossexual. “Pelo que tenho observado em minha experiência profissional, pelo que tenho lido, estudado e discutido com outras pessoas (especialistas ou não), o condicionamento sexual (heterossexual ou homossexual, e que em muitos casos, senão na maioria deles, se inicia na adolescência) pode ser mudado de condicionamento homossexual a condicionamento heterossexual, embora este mesmo condicionamento sexual pareça possuir fortes aspectos de irreversibilidade parcial em alguns casos, e isto parece estar relacionado ao tempo em que estes comportamentos condicionados estiveram ativos na vida do indivíduo. Salientando aqui que isto não se constitui em nenhuma regra imutável. Portanto, quanto mais cedo ocorrer o tratamento, maiores as probabilidades de sucesso”. “Se a pessoa tem um comportamento que a faz sofrer, ela tem direito a procurar o tratamento”, afirmou o doutor.

Veja o que o médico afirmou sobre a homossexualidade:
http://dradnet.com/section1/homossexualismo-homossexualidade-solidao.html

http://dradnet.com/section1/homossexualismo-homossexualidade-e-doenca.html

http://medico-psiquiatra.com/principal/homossexualidade.htm

Fonte http://www.revistaladoa.com.br/website/artigo.asp?cod=1592&idi=1&moe=84&id=17001
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Deputado Carlos Minc quer derrubar artigo do Código Militar que criminaliza homossexuais

Audiência pública convocada pelo libertário aconteceu ontem (26) na ALERJ com presença de autoridades e sociedade civil
O Código Penal Militar, no artigo 235, trata do crime pederastia ou outro ato de libidinagem, e assim dispõe: Praticar, ou permitir o militar que com ele se pratique ato libidinoso, homossexual ou não, em lugar sujeito à administração militar. É este o artigo que o deputado estadual Carlos Minc (PT/RJ) quer derrubar junto com as autoridades do poder executivo e o Movimento LGBT organizado. O debate voltou à cena após o estudante Douglas Marques ser baleado por um militar ao final da 15ª Parada do Orgulho LGBT-Rio, que ocorreu no dia 14 deste mês.
DSC_3083.jpg“Como presidente da Comissão Especial de Combate à Impunidade e Pelo Cumprimento das Leis da ALERJ, repudio completamente este artigo que apenas fomenta a criminalização dos homossexuais. É uma legislação anacrônica e, a meu ver, condescendente com crimes como o que vem ocorrendo no país, especialmente no Rio”, atacou Minc, que além de querer derrubar o artigo, propôs uma jornada de capacitação das Forças Armadas a lidar com o tema.
Estatísticas da homofobia 
O superintendente de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos da Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, Cláudio Nascimento participou da audiência e apresentou os dados estatísticos de homofobia no estado do Rio. O também coordenador do programa estadual Rio sem Homofobia enfatizou a subnotificação dos casos e a necessidade de maior divulgação dos serviços do Centro de Referência LGBT, como o Disque Cidadania LGBT (0800 023 4567).
DSC_3088.jpg“O Rio de Janeiro é o único estado do país que possui a homofobia como motivo presumido de crime nas delegacias policiais. Isto é um grande avanço para que possamos ter um mapeamento oficial desse tipo de crime no estado. Em um ano de funcionamento, tivemos 776 registros de ocorrência lavrados, em mais de 75 delegacias. É um trabalho conjunto e articulado entre as secretarias de Segurança e Assistência Social e Direitos Humanos”, analisou Nascimento.
Em menos de 4 meses, desde que o Centro de Referência de Promoção da Cidadania LGBT foi inaugurado, o Disque Cidadania LGBT executou 1747 atendimentos, onde mais de 85% das chamadas tinham como objetivo a obtenção de orientações sobre direitos civis desta comunidade. “Reforço que é uma política que tem demanda, força e capilaridade; além de estar dentro de um sistema integrado, onde o atendimento/acolhimento das vítimas dialoga com a apuração e solução dos crimes homofóbicos”, esclarece Cláudio Nascimento.DSC_3090.jpg
Para o secretário de Assistência Social e Direitos Humanos, Ricardo Henriques este é um ótimo momento para se debater esta pauta. Ele citou o editorial do jornal O GLOBO de ontem (26) que continha um apelo para a provação do PLC 122/06, que criminaliza a homofobia no país. “É um sintoma de reflexão e reposicionamento da sociedade para situações limites de barbárie”, finalizou.
Créditos das fotos: André Melo/Comunicação SeAsDH
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Morre aos 55 a ativista trans Claudia Wonder Pioneira do movimento trans, Claudia Wonder morre em São Paulo aos 55 anos


Claudia Wonder morreu nesta sexta
Claudia Wonder morreu nesta sexta
Uma das pioneiras do movimento trans no Brasil, a ativista Claudia Wonder, 55, faleceu na manhã desta sexta-feira, 26, em decorrência de uma criptococose (Doença do Pombo), que é o fungo cujo nome é Cryptococcus neoformans encontrado principalmente nas fezes de pombos. Claudia estava internada no Centro de Referência e Treinamento (CRT) DST/AIDS de São Paulo, na Vila Mariana, desde o começo de outubro último.

Claudia sempre manifestou sua vontade de ser cremada, mas sua família é contra e ela será velada e enterrada em São Paulo, em locais ainda a serem definidos. Ao longo do dia nós traremos mais informações sobre o falecimento de Claudia Wonder.



Fonte http://mixbrasil.uol.com.br/pride/ativismo/morre-aos-55-a-ativista-trans-claudia-wonder.html
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Veja imagens de protesto contra a homofobia na frente do Mackenzie

A concentração em frente à Universidade Presbiteriana Mackenzie para um protesto contra a homofobia começou por volta das 16h. Às 17h30, a CET bloqueou parte da rua Itambé e desviou o trânsito para a rua Maranhão, pois as calçadas não comportavam o número de manifestantes.
Manifestantes contra texto do Mackenzie chegam à Paulista; um é detido
Moradores jogam ovos em manifestantes contra texto do chanceler do Mackenzie
Ao som de Cazuza, cerca de 500 pessoas iniciaram um "apitaço". Membros de organizações LGBT e alunos do Mackenzie --contrários ao posicionamento da instituição--, pediam a demissão do chanceler da universidade, Augustus Nicodemus. Foi ele quem redigiu o "Manifesto Presbiteriano sobre a Lei da Homofobia", texto que é contra a aprovação do PL 122, que criminaliza a homofobia no Brasil.

ENTENDA O CASO

O "Manifesto Presbiteriano sobre a Lei da Homofobia" foi colocado no site da universidade na semana passada, antes das agressões, de caráter homofóbico, ocorridas em São Paulo e no Rio-- mas já foi retirado do ar. Nele, o chanceler, cargo máximo da universidade, recomenda à comunidade acadêmica a se orientar pelo que pensa a Igreja Presbiteriana do Brasil, associada vitalícia da instituição de ensino.
"Os cristãos se guiam pelos referenciais morais da Bíblia e não pelas mudanças de valores que ocorrem em todas as culturas", afirma Lopes, antes de dar parênteses ao que diz a igreja.
Na ocasião, a assessoria do Mackenzie afirmou que a universidade "se posiciona contra qualquer tipo de violência e discriminação" e "contra qualquer tentativa de se tolher a liberdade de consciência e de expressão garantidas pela Constituição".
No manifesto da igreja, endossado pelo chanceler, a instituição diz que é contra a aprovação da lei "por entender que ensinar e pregar contra a prática do homossexualismo não é homofobia".
Em nota divulgada hoje, a assessoria disse que o Mackenzie respeita o direito de expressão de todos os cidadãos e reconhece o direito de manifestação pacífica.
"Hoje consolidada como uma das instituições de ensino mais conceituadas do país, a Universidade Presbiteriana Mackenzie, que possui cerca de 40 mil alunos e 3 mil funcionários, sempre prezou pelo respeito à diversidade e pelo direito de liberdade de consciência e de expressão religiosa", diz a nota.
Com informações da FSP
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Domingo é dia de 4ª Parada LGBT Piracicaba

Este ano o tema da parada é Direitos Humanos para todos – por uma Piracicaba sem machismo, racismo e homofobia.Texto: Sabrina Rodrigues Bologna: 31.076

Acontece no domingo, a partir das 15h, a 4ª Parada LGBT, que neste ano tem como tema: Direitos Humanos para todos – por uma Piracicaba sem machismo, racismo e homofobia. Neste ano a comissão organizadora realizou algumas mudanças, alterando o local da concentração, do trajeto e do encerramento.

A concentração será na Praça do Pelourinho, no cruzamento das avenidas Paulista e Joana D’Arc, na Vila Rezende. O trajeto será pelas ruas deste bairro e o encerramento acontecerá no Engenho Central, com programação de shows que está sendo finalizada pela ONG Casvi – Centro de Apoio e Solidariedade à vida, realizadora do evento.
Antes, porém, da Parada, o movimento LGBT discutirá por três dias (25 a 27), no anfiteatro do Engenho Central, seu movimento, sua organização e políticas públicas voltadas para o público GLBT durante a realização do 2º Encontro LGBT de Piracicaba e Região e Seminário Fórum Paulista LGBT.

Tanto a 4ª Parada quanto o 2º Encontro tem realização da ONG Casvi e apoio da Prefeitura por meio das Secretarias de Turismo, Ação Cultural e Saúde; do Circuito Turístico de Ciência e Tecnologia; do Fórum Paulista GLBT e da Nimart.

Confira a programação do 2º Encontro LGBT de Piracicaba e Região e Seminário Fórum Paulista LGBT.
25/11
ABERTURA OFICIAL DO EVENTO
19h30 - Mesa de abertura
20h15 - Solenidade de comemoração dos 18 anos da ONG Casvi
21h - Desfile de Travestis e Transexuais
22h - Coquetel de abertura e confraternização

26/11PALESTRAS E OFICINAS
9h - Política Saúde Integral da População LGBT e Planos de Enfrentamento DST Aids
Ministério da Saúde e/ou Dep. DST Aids e Hepatites Virais
Programa Estadual DST Aids de São Paulo
Mediação - Anselmo Figueiredo/ ONG CASVI
10h30 - Formas de garantir a sustentabilidade das ONGs e grupos da sociedade civil organizada
Luiz Eduardo dos Santos- ONG Joana Darc/ Guarujá-SP
Anselmo Figueiredo- ONG Casvi/ Piracicaba-SP
Rick Ferreira - Grupo Corsa/ São Paulo-SP
Luiz André Moresi - ONG Revida/ Jacarei-SP
Mediação - Phamela Godoy - ONG Visibilidade LGBT/ São Carlos
12h - almoço
14h30 - Debatendo a Lei Estadual 10.948
Coordenação de Políticas para Diversidade Sexual / Secretaria de Justiça e Defesa da Cidadania de São Paulo - Dimitri Salles - coordenador
15h45 - intervalo
16h- Oficina Bissexualidades
Regina Facchini / Espaço B - Grupo PAGU Unicamp
17h30 - Encerramento - atividade cultural
23h - Festa da 4ª Parada LGBT - Pré Parada - Nove Bar
27/11SEMINÁRIO FÓRUM PAULISTA LGBT
14h - Conjuntura LGBT em âmbito nacional
Julian Rodrigues / Grupo Corsa
15h30 - Organização do Movimento LGBT em redes
Carlos Magno - ABGLT (Associação Brasileira de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais)
Jovanna Baby - ANTRA (Associação Nacional de Travestis e Transexuais)
Lula Ramires - Fórum Paulista LGBT
Mediação: Phamela Godoy - ONG Visibilidade LGBT/ São Carlos
23h- Festa Oficial da 4ª Parada LGBT Piracicaba - E-DUB CLUB
 
Fonte Jornal Correio Piracicabano
http://jornalcorreiopiracicabano.blogspot.com/2010/11/domingo-e-dia-de-4-parada-lgbt.html 
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Diminuem novos casos de HIV pela primeira vez

Pela primeira vez em quase 30 anos caiu o número de novos casos e de mortes por HIV.  Os dados da Organização das Nações Unidas (ONU) mostram que 56 países estabilizaram ou reduziram a incidência do vírus. O diretor da Unaids, Michel Sidibe, afirmou: “Pela primeira vez, podemos dizer que estamos quebrando a trajetória da aids. Freamos a epidemia e começamos a revertê-la. Menos pessoas estão sendo infectadas e ainda menos estão morrendo”.
No entanto, ainda há 33,3 milhões de pessoas contaminadas e 60% dos novos casos estão na África. Em 2009, o continente somou 1,3 milhão de mortes e 1,8 milhão de novas infecções. No Brasil, há R$ 154,423 milhões repassados à cidades e Estados e que estão intocados. Os motivos para esse fato absurdo vão de problemas técnicos e jurídicos à falta de disposição política de representantes locais de saúde. O Estado campeão no atraso do uso de recursos é Goiás. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte http://paroutudo.com/noticias/2010/11/24/caem-novos-casos-de-hiv-pela-primeira-vez/
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Filme lésbico tem ótimo elenco e bons momentos, mas fica na superfície

Sensível e delicado são adjetivos que acompanham as descrições do filme “Minhas Mães e Meu Pai” em cartaz no País. A diretora Lisa Cholodenko de fato passou longe de personagens caricaturais neste drama com ares de comédia que pretende expôr as nuances de uma família de configuração nada tradicional, mas contemporânea ao universo do mundo ocidental. Isto, porém, não significa que ela só tenha acertado.
No longa, Nic (Annette Bening) e Jules (Julianne Moore) formam um casal que está junto há tempo suficiente para ter conseguido tudo o que uma relação hétero teoricamente ambiciona: casa, filhos, carreira e uma vida sexual tediosa. Elas são mães de Joni (Mia Wasikowska, a Alice de Tim Burton) e Laser (Josh Hutcherson). É o bonitinho Laser quem mudará a vida de todos, inclusive a rotina. sexual do casal.
O filho mais novo pede à irmã, que já completou 18 anos e pode ter acesso aos cadastros, que entre em contato com o doador de esperma – também conhecido como pai ou o homem que possibilitou que suas mães engravidassem. Entra em cena Paul (Mark Ruffalo) que cativa os filhos que não conhecia, ganha antipatia gratuita de Nic e leva Jules pra cama.
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É quando acontece a descoberta do caso de Jules e Nic que o filme ganha um tom mais dramático, mas também mais esquemático. A partir daí, você perceberá que todas as personagens, como coadjuvantes de uma novela latina (excetuando as brasileiras) têm a única função de reafirmarem características nos personagens principais, sendo descartadas quando a diretora bem entende. Impossível discorrer mais sobre isso sem contar o final do filme.
A trilha sonora é moderninha e bacana, mas a instrumental, no último terço do longa, peca pelo exagero. Cholodenko reforça demais os momentos dramáticos de seus personagens, o que é uma bobagem quando você tem atores do calibre de Bening, Moore e Ruffalo. Os três, aliás, estão em todas as pré-listas do Oscar 2011 como possíveis indicados ao prêmio como Atriz, Atriz Coadjuvante e Ator Coadjuvante respectivamente.
A despeito das duas estarem muito bem, o burburinho em torno de seus nomes chega a ser um exagero. Ambas já tiveram papéis que exigiam muito mais de suas habilidades de atrizes. Ruffalo, sim, está num momento exepcional. São dezenas de sentimentos que seu Paul mistura e expressos de maneira tão sublime que a vontade de levá-lo pra casa é grande. Mas não sonhe com isso. Paul quer mesmo é fazer parte dessa família criada por Cholodenko de uma maneira ou de outra. A diretora lhe foi generosa em alguns momentos, mas deixa a sensação de que poderia ter se permitido e se aprofundado muito mais no universo de seus personagens.

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Ellen Degeneres recebe o assumido aos 14, Graeme Taylor

Após a polêmica ao redor do caso de Jay McDowell, professor americano que foi demitido por “justa causa” quando expulsou um aluno da sua sala de aula por ter dito não aceitar gays, Graeme Taylor, assumido aos 14 anos teve a sua vida mudada.
O garoto – que se assumiu aos 13 anos – falou em favor do professor em uma assembléia, e comentou o fato de ser assumido em sua idade, e da sua tentativa de suicidio aos 9 anos de idade, “Eu tenho estado em escolas onde crianças tem me dito as piores coisas, as quais me levaram a uma tentativa de suicídio quando eu tinha apenas 9 anos de idade”, disse.



Interessada na história, Ellen Degeneres, lésbica assumida, trouxe o garoto ao seu programa para que ele mesmo contasse a história, falasse da sua vida enquanto gay adolescente e sobre como saiu do armário. Durante a entrevista Graeme foi premiado com um cheque de 10 mil dólares e ovacionado pela platéia.


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Travestis são ameaçados por neonazistas no RS

Homem telefonou para Associação de Travestis e Transexuais do Estado e disse que neonazistas vão participar de parada gay

Um grupo de defesa dos direitos dos travestis no Rio Grande do Sul recebeu nesta segunda-feira ameaças por telefone de supostos neonazistas. Na ligação, o interlocutor advertiu que a 14ª Parada Livre de Porto Alegre, que será realizada no próximo domingo, no Parque da Redenção, em Porto Alegre, será o alvo. O telefonema foi feito para a sede do Igualdade - Associação de Travestis e Transexuais do Rio Grande do Sul.
O homem do outro lado da linha procurava por Marcelly Malta, presidente do grupo e organizadora da Parada Livre. Com a ausência da dirigente, ele deixou um recado: que os neonazistas da cidade de Santa Cruz do Sul, no interior gaúcho, estavam se organizando para o evento. "Vocês já se aprontem para domingo", ameaçou o homem, para depois desligar o telefone.
Marcelly conta que, apenas este ano, dois travestis foram assassinados em Porto Alegre. Um foi espancado em um parque da capital e morreu no hospital. Em outra edição da Parada Livre, foram afixados cartazes no bairro Bom Fim, onde ocorre a passeata e reduto de descendentes judeus, em Porto Alegre, fazendo alusão à morte de gays. "Tenho muita preocupação, porque na Parada Livre de domingo não desfilarão apenas travestis, mas muitos outros movimentos sociais", adverte Marcelly. No início do mês, foi realizada uma reunião com a Polícia Militar (PM) e a Polícia Civil para discutir a medidas de segurança a serem empregadas no evento.
No dia 5 de novembro, a Polícia Civil gaúcha apreendeu em uma residência no centro de Porto Alegre material de apologia ao nazismo. Fotografias, CDs, camisetas, distintivos, facas, uma soqueira e um computador portátil foram recolhidos. Ninguém foi preso. Entre o material, um vídeo chamou a atenção. Nele, trechos de reportagens sobre a política de cotas para negros nas universidades são intercalados com cenas de violência entre agressores negros e vítimas brancas. Em um momento do filme, aparece o rosto do senador Paulo Paim (PT-RS), militante do movimento negro.
A ação foi desencadeada porque havia informações de que o grupo estaria reunindo armas e até bombas no local. "Havia suspeitas de que até o final do ano ocorresse algum atentado", afirmou o delegado Paulo César Jardim, titular da 1ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre e que, há oito anos, combate os neonazistas no Estado. Na ocasião, ele citou como possíveis alvos sinagogas e passeatas, como a Parada Livre.

 

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Militantes: visibilidade pode ser uma das causas da homofobia

Durante o seminário Assassinatos praticados contra a população LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais), o representante da Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT, deputado Iran Barbosa (PT-SE), questionou se de fato ocorre crescimento do número de agressões a homossexuais ou se hoje há mais registros desse tipo de violência. A última hipótese, para ele, “parece ser a maior verdade”.
Direitos simbólicos
De acordo com o urbanista e pesquisador associado ao Nugsex Diadorim Érico Nascimento, esse aumento da violência parece estar relacionado a “disputa por território por parte dos homofóbicos devido ao alargamento dos guetos”. Segundo ressaltou, hoje a população LGBT ganhou mais visibilidade e ocupa novos espaços.
Segundo o pesquisador, para combater esse tipo de crime, o Estado deve assumir “a busca por visibilidade” do grupo. “Enquanto a gente não souber quantos somos e de que forma estamos sendo afetados nunca teremos políticas públicas adequadas”.
O coordenador da pesquisa Crimes Homofóbicos no Brasil: Panorama e Erradicação de Assassinatos e Violência Contra LGBT, Osvaldo Francisco Ribas Lobos Fernandez, também defende “a demarcação de espaço” como forma de luta por direitos. “Acredito só em associações comunitárias, demarcando nossos espaços. Toda vez que houver uma violência, temos de agir, seja com dois ou três”, propôs.
Fernandez também acredita que a principal causa da violência contra homossexuais é a falta de reconhecimento dos direitos simbólicos dos homossexuais. “O desafio da democracia brasileira vai ser assegurar a proteção a nossa vida, e aos nossos direitos à igualdade”.

Reportagem - Maria Neves
Edição - Regina Céli Assumpção
Fonte http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/DIREITOS-HUMANOS/151534-MILITANTES:-VISIBILIDADE-PODE-SER-UMA-DAS-CAUSAS-DA-HOMOFOBIA.html
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Pesquisas mostram aumento da violência contra homossexuais

 Agressões causadas por homofobia, como as ocorridas em São Paulo e no Rio de Janeiro nas últimas semanas, estão longe de constituir casos isolados. Algumas pesquisas registram mais de 200 assassinatos de homossexuais por ano no País. Somados todos os tipos de agressão somente no Rio de Janeiro, de junho do ano passado até agora, já foram registradas 776 ocorrências.
De acordo com o superintendente de Direitos Individuais e Coletivos da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos do estado, Cláudio Nascimento, os dados permitem fazer uma projeção segundo a qual o número de casos de discriminação da população LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) atinge entre 10 mil e 12 mil por ano no País.
Conforme relatou o superintendente, desde junho do ano passado o Rio de Janeiro começou a utilizar a homofobia como motivo presumido de violência, com o objetivo de ter estatísticas oficiais sobre esse tipo de crime. O sistema, relatou, foi implantado em 132 delegacias do estado.
Os dados foram apresentados nesta quarta-feira durante o seminário Assassinatos praticados contra a população LGBT, organizado pelas comissões de Legislação ParticipativaCriada em 2001, tornou-se um novo mecanismo para a apresentação de propostas de iniciativa popular. Recebe propostas de associações e órgãos de classe, sindicatos e demais entidades organizadas da sociedade civil, exceto partidos políticos. Todas as sugestões apresentadas à comissão são examinadas e, se aprovadas, são transformadas em projetos de lei, que são encaminhados à Mesa Diretora da Câmara e passam a tramitar normalmente. e de Direitos Humanos e Minorias.

Notícias sobre a violência
De acordo com o antropólogo e professor emérito da Universidade Federal da Bahia, fundador do Grupo Gay da Bahia, Luiz Mott, o mais preocupante é que o registro de violência contra a população LGBT vem aumentando ao longo dos anos. “Nunca se matou tanto homossexual no Brasil quanto agora”, afirmou.
David Ribeiro
Mott: todos os dias pelo menos um homossexual é assassinado.
De janeiro a novembro deste ano, o pesquisador já contabilizou 205 assassinatos entre a população LGBT no País. Mott, que faz o levantamento desse tipo de crime desde 1960, relatou que, entre 1960 e 1969, foram 30 ocorrências; na década seguinte, chegaram a 41. De 1980 a 1989, o número de registros chegou a 369; saltou para 1.256 nos anos 90 e atingiu 1.429 casos na primeira década deste século.
Na média, entre 1995 e 2002, Mott chegou ao índice de um assassinato relacionado à homofobia a cada 2,9 dias. Já entre 2003 e 2010, o número de crimes chegou a um a cada 2,3 dias.
O levantamento, conforme explicou, foi realizado com base em notícias de jornais. Assim, ele acredita que a violência é ainda muito maior que a constatada em seus estudos. “Na verdade não é um assassinato a cada dois dias, todos os dias pelo menos um homossexual é assassinado”.
Jornais também foram a fonte da pesquisa Crimes Homofóbicos no Brasil: Panorama e Erradicação de Assassinatos e Violência Contra LGBT, realizada por Osvaldo Francisco Ribas Lobos Fernandez. No estudo, chegou-se a 1.040 mortes de homossexuais entre 2000 e 2007.
Fernandez também ressaltou que esse número refere-se apenas aos casos de maior repercussão. “A cada 66 horas foi publicada uma reportagem sobre o assassinato de um gay, e provavelmente os números são muito mais altos”, reforçou.
Urbanista e pesquisador associado ao Nugsex Diadorim, Érico Nascimento ressaltou que, quase sempre, as agressões ao público LGBT são praticadas por mais de uma pessoa. “Há casos em que um homossexual é vítima de 18 agressores; um presidiário chegou a ser atacado por mais de 100 detentos e morreu”, exemplificou.
Impunidade
O presidente da Comissão de Legislação Participativa, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), ressaltou que das mortes registradas no ano passado, “menos de 10% tiveram prisão ou responsabilização criminal dos assassinos”.
Para o deputado, diante dessa realidade, faz-se necessário, “mais que em qualquer outra circunstância”, realizar uma grande campanha de mobilização pela aprovação do projeto que criminaliza a homofobia, em análise no Senado. “Temos consciência de que uma lei, no primeiro momento, não vai mudar a cabeça das pessoas, mas vamos reduzir a impunidade”, defendeu.
David Ribeiro

Angélica Ivo (E): algo emergencial deve ser feito.
Criminalização do preconceito

Duas mães de jovens vítimas de violência devido à homofobia também reivindicaram a aprovação da proposta. Angélica Ivo, mãe de Alexandre Ivo, jovem de 14 anos assassinado no Rio de Janeiro em junho deste ano, argumentou que “ninguém tem de tolerar ninguém, temos que conviver bem com a diversidade, com respeito à vida. Algo emergencial deve ser feito”.
Viviane Marques, mãe de Douglas Marques, baleado no Parque Garota de Ipanema (RJ) no último dia 14, segundo disse, por militares, também defende a aprovação de uma lei específica contra esse tipo de crime. “As pessoas têm que ter liberdade de ser quem são. Está complicado ser livre neste País”, sustentou.

Mobilização
O deputado Chico Alencar (Psol-RJ) cobrou mais mobilização dos movimentos de defesa dos homossexuais. Sem isso, na opinião do deputado, dificilmente o Parlamento vai aprovar conquistas para a categoria. Segundo Alencar, “a maioria dos parlamentares não têm nenhum compromisso com os problemas levantados nesse debate”.
O antropólogo Luiz Mott aconselhou a população LGBT a mobilizar-se. “Uma medida simples, que qualquer um pode acionar, é cada vez que encontrar uma notícia ou manifestação homofóbica mandar uma cartinha desconstruindo esse monstro que é a homofobia”, disse Mott, que também é autor do livro Violação dos Direitos Humanos e Assassinatos de Homossexuais no Brasil.
 Reportagem - Maria Neves
Edição - Regina Céli Assumpção
Fonte http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/DIREITOS-HUMANOS/151535-PESQUISAS-MOSTRAM-AUMENTO-DA-VIOLENCIA-CONTRA-HOMOSSEXUAIS.html
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Aprovada permissão para transexuais adotarem novo nome

Os transexuais poderão ter o direito de alterar seu registro de nascimento para incluir seu nome social na certidão. É o que determina projeto de lei da Câmara (PLC 72/07), aprovado nesta quarta-feira pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH). O texto insere essa possibilidade na Lei de Registros Públicos (6.015/73). A proposta será analisada ainda pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).
A votação foi comemorada por representantes de entidades de defesa dos direitos dos homossexuais presentes à reunião. O senador Cristóvam Buarque (PDT-DF) se dirigiu aos manifestantes e pediu "desculpas pela demora na aprovação do projeto".
Atualmente, a lei de registros só permite a mudança do primeiro nome - determinada por decisão da Justiça - no caso de o cidadão ser conhecido por apelido público notório ou sofrer coação ou ameaça ao colaborar com a investigação de um crime. A nova hipótese trazida pelo PLC 72/07, apresentado em 2007 pelo então deputado Luciano Zica, tem como objetivo adequar o registro contido na certidão de nascimento à realidade psicossocial do indivíduo transexual. Embora se exija laudo de avaliação médica atestando essa condição, a mudança do nome seria admitida mesmo sem o interessado ter feito cirurgia para mudança de sexo. Como nos outros casos, a mudança do nome dependeria de sentença judicial.
Segundo argumentou o autor, garantir às pessoas transexuais a possibilidade de mudar seu prenome por um nome social na certidão de nascimento deverá livrá-las de situações constrangedoras e equívocos legais.
Esse mesmo entendimento teve a relatora, senadora Fátima Cleide (PT-RO), ao recomendar a aprovação do PLC 72/07. A preocupação do projeto em determinar a averbação, no livro de registro de nascimento, da sentença judicial sobre a substituição do prenome do indivíduo, informando expressamente que se trata de pessoa transexual, foi um dos pontos que considerou positivo.
Na avaliação de Fátima Cleide, essa medida visa a resguardar interesses de terceiros eventualmente impactados por essa mudança no registro civil. Um exemplo seria uma pessoa com a qual o transexual quisesse, no futuro, se casar.
Da Redação / Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
Fonte http://www.senado.gov.br/noticias/verNoticia.aspx?codNoticia=%20105662&codAplicativo=2
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Encontro Nacional de Travestis e Transexuais


Ativistas lutam pelo fim da transfobia

Com o foco na conquista da cidadania pelo fim da violência, o Entlaids segue até esta sexta-feira, 19, em Aracaju

Até o dia 19 de novembro, a cidade de Aracaju (SE) sedia o XVII Encontro Nacional de Travestis e Transexuais, o Entlaids. O tema deste ano é “a conquista da cidadania pelo fim da transfobia” e conta com a participação de ativistas de todo o Brasil. O encontro serve como fórum de debate para o fomento e avaliação de políticas públicas relacionadas a educação, justiça, direitos humanos, inclusão social, saúde e legislação que envolvem travestis e transexuais.
Segundo a travesti Tathiane Araújo, que coordena o Entlaids 2010, algumas Unidades da Federação têm avançado nas questões relacionadas ao respeito à identidade de gênero, “questões essas que pautaram e continuam pautando os Encontros Nacionais”, destaca. De acordo com a militante, o fortalecimento da Articulação Nacional de Travestis, Transexuais e Transgêneros ajudou o segmento a conquistar avanços importantes nas políticas públicas em todo o Brasil. “Em Sergipe, por exemplo, foi aprovada uma lei que garante o uso do nome social. Essa articulação só foi possível graças aos encontros nacionais”, ressalta. Durante o Entlaids, realizam-se intercâmbio de experiências e formulação de propostas legitimadas pela militância.
Para o diretor-adjunto do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, do Ministério da Saúde, Eduardo Barbosa, é fundamental que estados, municípios e Governo Federal apoiem e busquem atender as demandas da população Trans. “Esse segmento sofre uma série de discriminações que colocam essas pessoas em situações de maior vulnerabilidade social e de saúde, dentre outras. Garantir que essas pessoas tenham voz e direitos é de fundamental importância para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, que proporcione cidadania a todos os brasileiros, independentemente da orientação sexual”, defende.
O primeiro Encontro Nacional do segmento ocorreu em 1992, na cidade do Rio de Janeiro. As primeiras edições foram organizadas na perspectiva de reunir as Trans para divulgação das experiências locais e encaminhamento de propostas para o estabelecimento de políticas públicas nacionais para o segmento, além de uma constante ampliação das ações para essa população.
Concurso Cultural
Eduardo Barbosa aproveitou o encontro e as demandas apresentadas durante o Entlaids para anunciar o lançamento do concurso Vidas em Crônica para a população Trans. Ainda neste mês de novembro, será publicado o edital do projeto. A premiação está prevista para o dia 29 de janeiro, quando é comemorado o Dia da Visibilidade Travesti.
O Vidas em Crônica foi criado em 2009 para resgatar a história do HIV/aids no Brasil a partir de relatos de pessoas que vivem ou convivem com a epidemia. A edição seguinte, de 2010, trouxe relatos de jovens entre 15 e 30 anos. A nova edição tratará do orgulho transgênero. O objetivo é dar visibilidade às histórias de dificuldade e superação dessas pessoas. Também visa conscientizar a sociedade brasileira pelo fim da transfobia, pela inclusão social e pela redução das situações de vulnerabilidade.

Fonte http://www.aids.gov.br/noticia/ativistas-lutam-pelo-fim-da-transfobia
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Pouco uso de preservativo entre jovens gays é alerta para intensificar prevenção

Jovens gays e homens que fazem sexo com homens (HSH) mantêm mais relações sexuais sem preservativo em comparação à população masculina em geral, segundo estudo do Ministério da Saúde, lançado hoje (17) durante o 8º Congresso Brasileiro de Prevenção das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e Aids.

De acordo com o estudo, 34,6% dos homens em geral usaram preservativo em relações sexuais com parceiros fixos nos últimos 12 meses, contra 29,3% dos jovens gays e HSH. Nas relações com parceiros casuais pelo mesmo período, o percentual de uso da camisinha também é menor entre os jovens homossexuais, 54,3%, contra 57% entre a população masculina em geral. Dados epidemiológicos anteriores do ministério revelam aumento crescente de casos da doença entre adolescentes homossexuais. Entre garotos de 13 a 19 anos de idade, a transmissão homossexual (33,5%) supera a heterossexual (28,3%).

Para a diretora do departamento DST, Aids e Hepatites Virais do ministério, Mariângela Simão, o pouco uso do preservativo pelos jovens gays é um alerta para intensificar as ações de prevenção. “O jovem se sente mais protegido. Não vê a aids como face da morte”, disse. Ela cita como iniciativa do ministério o lançamento nesta semana de uma revista em quadrinhos com orientações sobre sexo seguro.

Outro dado revela que os gays e HSH mantêm relações sexuais com mais parceiros casuais. Quase 80% das pessoas ouvidas revelaram ter mantido esse tipo de relação nos últimos 12 meses, contra 34,1% dos homens em geral. O percentual de gays e HSH que usaram o preservativo em todas as relações com parceiros casuais no último ano é praticamente o mesmo em comparação com a população masculina em geral – 50,3% no primeiro grupo e 50,2% no segundo.

Em contrapartida, 66% dos gays e HSH buscam o preservativo em postos de saúde ou outro serviço público, contra 33,9% da população masculina em geral. A pesquisa constata que os gays e HSH têm maior nível de escolaridade e são mais bem informados sobre a doença. Sobre a procura pelo teste de HIV, 53,9% dos gays e HSH fizeram o teste por curiosidade ou por acharem que tinham o risco de contrair a doença. Entre os homens em geral, o percentual cai para 32,7%. No entanto, 16,7% dos gays e HSH fazem o teste como rotina.

Para Mariângela, apesar de serem mais escolarizados e terem mais conhecimento a respeito da aids, os gays e HSH estão fazendo mais sexo sem preservativo. Ela aponta como dado de alerta o percentual de entrevistados que realiza o teste de HIV como rotina.“Isso significa que não estão fazendo sexo seguro e usando o teste como prevenção”, disse.

A pesquisa do ministério foi realizada nas cidades de Manaus, Recife, Salvador, Curitiba, do Rio de Janeiro, de Belo Horizonte, Campo Grande, Brasília, Itajaí e Santos – as duas últimas registraram por anos os maiores índices de aids do país. Os entrevistados têm mais de 18 anos e tiveram pelo menos uma relação sexual com homem nos últimos 12 meses.
Agência Brasil

Fonte http://www.iparaiba.com.br/noticias,180168,38,pouco+uso+de+preservativo+entre+jovens+gays+e+alerta+para+intensificar+prevencao.html
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Aids entre gays franceses segue "incontrolável", diz estudo


As campanhas de prevenção à aids desenvolvidas na França ao longo dos últimos 20 anos não estão sendo capazes de controlar a infecção nos homossexuais franceses, alerta uma pesquisa do Instituto Nacional de Prevenção Sanitária. Quase a metade (48%) dos novos casos detectados no país envolve um homem gay, de acordo com o estudo, segundo o qual a doença continua "incontrolável" nesta população.

Os dados foram publicados na semana passada na revista científica britânica The Lancet e mostram que, apesar de a contaminação pelo vírus HIV - causador da aids - estarem em queda desde 2003, este número permanece estável entre os homens homossexuais. A explicação para o fenômeno, de acordo com entidades de prevenção à doença, reside nas práticas sexuais dos gays, que os expõem mais facilmente ao contágio se realizadas sem prevenção.

A prática de sexo anal sem preservativo, como a camisinha, e o número mais alto de parceiros sexuais fazem com que um homem homossexual tenha nada menos do que 200 vezes mais chances de contrair a doença do que um heterossexual francês, de acordo com a pesquisa.

As associações de prevenção à aids, no entanto, dissociam os dados da pesquisa a uma maior estigmatização do público homossexual em relação à doença. "Essa é uma realidade da doença, não se pode negar", afirma Francis G., um porta-voz da associação Sidaction, a principal do gênero na França.

"No início da epidemia, o público mais atingido era dividido entre homens homossexuais, mulheres imigrantes e usuários de drogas. Nos dois últimos casos, as campanhas de prevenção funcionaram, mas, infelizmente, entre os gays nós não conseguimos os mesmos resultados", lamenta Francis. De acordo com ele, hoje as mulheres imigrantes e os usuários de drogas respondem por 2% das contaminações, ou seja, não representam mais um chamado "grupo de risco".

A ligação entre o vírus HIV e o público gay é tão antiga quanto a própria doença. Os primeiros sintomas da aids foram percebidos em homossexuais americanos, na década de 70. No início dos anos 80, a doença - até então misteriosa - chegou a ser chamada de GRID (Gay-related immune deficiency, ou imunodeficiência relacionada aos gays). No Brasil, ela também apareceu pela primeira vez entre o público homossexual.

"Essa pesquisa nos mostra que, se quisermos reverter os números, precisamos redirecionar as campanhas e aumentar os investimentos realizados em prevenção", avalia Christian Andreo, diretor nacional de campanhas da associação Aides. "Acho que o maior problema se concentra no interior do país, onde as relações homossexuais ainda são escondidas e ocasionais. Nestes casos, a pessoa acha que está imune, e é aí que mora o perigo."

Andreo afirma desconhecer os dados relativos ao restante da Europa. Ele destaca que cada país tem a sua característica e que, em muitos deles, a população mais afetada pela doença ainda é a de usuários de drogas.

Alerta na Europa

Na sexta-feira, a vez da Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou os países europeus sobre o ainda elevado número de contaminações. De acordo com a organização, a Europa é o único continente onde o índice de doentes de aids continua crescendo. A OMS destacou que a causa para essa estatística desfavorável na Europa Ocidental é justamente o crescente número de relações homossexuais desprotegidas, indicando que os números elevados de contaminações entre os homossexuais não acontecem apenas na França.

Desde 2003, o número global de novas contaminações pelo vírus vinha baixando em média 3,7% no país. Já entre os homossexuais, a tendência pela estabilidade se mostrava em contrário: em torno de 1% dos homossexuais masculinos permaneceram contraindo ano a ano a doença até 2008, contra 0,009% dos heterossexuais. O total de contaminações anuais passou de 8.930, em 2003, para 6.940, em 2008.

Analisando-se apenas a população de homossexuais, os dados da pesquisa mostram que entre 13% e 18% dos gays dos gays são soropositivos na França, uma estatística comparável à encontrada nos países da África subssariana, onde a epidemia é muito maior. Em países como Moçambique e Zâmbia, há cidades onde até 20% da população é soropositiva.

O diretor da Aides, por outro lado, demonstra particular preocupação em relação à quantidade cada vez maior de pessoas que fazem sexo sem preservativos, mesmo se os tratamentos antivirais têm diminuído as chances de contaminação pelo HIV - que foi, ironicamente, co-descoberto por um cientista francês em 1983.

"É um fenômeno global. Com o avanço da medicina, as pessoas estão abandonando a prevenção", lamenta. "A diferença é que os homossexuais são mais expostos à contaminação. Nós estimamos que um homossexual a cada entre cinco e oito seja soropositivo", diz Andreo. De acordo com ele, um jovem gay de 25 anos tem mil vezes mais chances de encontrar um parceiro soropositivo do que um heterossexual.

Fonte: Lúcia Müzell - Terra 
http://www.cabecadecuia.com/noticias/79512/aids-entre-gays-franceses-segue-incontrolavel-diz-estudo.html
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Após a eleição de Dilma Rousseff, gramáticos debatem: a presidente ou a presidenta. E como ficam as travestis?

Por Dário Neto
Após a eleição da presidenta Dilma Rousseff, uma discussão no campo da gramática tratada como secundária tornou-se um grande debate entre gramáticos nas diversas mídias brasileiras. “A Presidente ou A Presidenta?” Qual sua forma correta?

Sem entrar no mérito dessa segunda pergunta sobre o conceito de correto ou não, uma vez que a língua viva se transforma em seu uso cotidiano, o que me chama a atenção é o lado supérfluo que ocupa o debate em torno do resultado das eleições presidenciais.

Alguns gramáticos têm defendido a validade dos dois usos, outros mais conservadores, por meio de uma noção puramente subjetiva, defendem a manutenção de “presidente” acompanhada pelo artigo feminino e outros de postura ideológica feminista – com os quais me identifico – reivindicam o uso do adjetivo no feminino. Embora essa discussão esteja pautando a mídia ultimamente, não gostaria de abordá-la pela “porta da frente”, mas por outra porta.

Se a concordância gramatical ou manutenção das formas determinadas pela gramática são tão importantes assim, pergunto: por que os guardiões da norma culta, de um modo geral, não se incomodam com o fato de, notícia após notícia sobre travestis no Brasil, a imprensa violar a sacrossanta regra gramatical quanto à concordância nominal? Se não, vejamos: ao tratar da morte da travesti Andréa Albertini, o site da Folha de S. Paulo, em 09 de julho de 2009, apresenta a matéria do seguinte modo:

"Morreu nesta quinta-feira O travesti Andréia Albertini, que se envolveu em polêmica com o atacante Ronaldo, do Corinthians. André Luiz Ribeiro Albertini, nome verdadeiro do travesti, estava internado na UTI do Hospital Nardini, em Mauá (Grande SP), havia dois dias." [Folha de S. Paulo, 09 de julho de 2009]

Apenas como um exemplo das diversas notícias que tratam sobre travestis, vemos a insistência de jornalistas manterem o artigo masculino, apesar de se referirem a nomes femininos conforme o texto. Segundo a Moderna Gramática Portuguesa do professor Evanildo Bechara sobre concordância nominal: “A palavra determinante irá para o gênero e número da palavra determinada”.

Assim, no exemplo citado a palavra determinada é o substantivo próprio Andréia, sendo o artigo e o adjetivo seus determinantes. O Dicionário Aurélio, em sua segunda edição, que tenho em mãos, indica o termo “travesti” como substantivo masculino. Ora, poderiam argumentar que, se travesti é um substantivo masculino, a concordância está correta. Contudo, a função desta palavra está de acordo com a definição dada por Bechara para a função de adjetivo:

"(...) é a classe de lexema que se caracteriza por constituir a delimitação, isto é, as possibilidades designativas do substantivo, orientando delimitativamente a referência a uma parte ou a um aspecto do denotado". (Idem, Ibidem).

Logo, o termo travesti cumpre sua função adjetivante ao nome próprio Andréia. Nessa lógica, o artigo definido determina não o adjetivo travesti, mas o substantivo próprio, devendo, portanto, concordar em gênero com o nome. Desse modo, vemos constantemente a violação da regra gramatical pela imprensa ao insistir em manter o uso do masculino, embora se refira a um substantivo feminino.

Obviamente, tal prática não se trata apenas de um “erro” de concordância nominal da Língua Portuguesa, mas à resistência de nossa cultura conservadora em aceitar que a identidade de gênero de um indivíduo não deve ser determinada pelo fator biológico, mas pela identidade social que o indivíduo assume para si.

Se nossas militantes Janaína Lima ou Miriam Queirós, ambas de São Paulo, Fernanda Benvenute, da Paraíba, Keila Simpson, da Bahia, e muitas outras transexuais e travestis do Brasil e do mundo se apresentam com o nome feminino, porque a imprensa não respeita essa identificação e utiliza o artigo no feminino conforme as regras gramaticais?

Violação – Se essas regras são tão importantes a ponto de suscitar o debate sobre o uso do termo “presidente” para os defensores da gramática, por que os tais defensores não se incomodam ao ler na imprensa essa constante violação das regras que tanto defendem? A razão disso não pode denotar outra coisa, senão a parcialidade de muitos gramáticos na defesa da forma “correta” do termo presidente. O movimento de travestis e transexuais tem lutado, com insistência, para o uso legal de seus prenomes com os quais se identificam, tornando essa discussão relevante e fundamental, embora os gramáticos e a imprensa não lhe deem o devido tratamento.

Por considerar como salutar à nossa sociedade a discussão em torno da concordância nominal entre o artigo e o prenome de travestis e transexuais – não meramente pelas regras do Português, mas por seu caráter político e ideológico –, convido tanto a imprensa, quanto os professores da Língua Portuguesa a mudarem o foco do debate em torno da “demanda” presidencial e discutirem, de modo muito substancial, a violação gramatical dos direitos de travestis e transexuais como forma de propagar, no debate, uma educação fundada na tolerância, no respeito e na dignidade da pessoa humana.
Reprodução
Artigo feito por Dario Neto para o site Mundo Mais
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Dário Netomembro do Conselho Municipal de Atenção à Diversidade Sexual do Município de São Paulo, membro do Prisma – USP, grupo universitário de Diversidade Sexual, membro do Conselho Universitário da USP, doutorando em Literatura Brasileira pela USP e diácono da Igreja da Comunidade Metropolitana – ICM-SP

Fonte http://www.doistercos.com.br/temdireito.html
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Sul-coreana ganha 'Miss Universo' dos transgêneros na Tailândia Mini ficou à frente de candidatas do Japão e dos EUA. Duas brasileiras participaram da competição, representando Brasil e França.

Mini, representante da Coreia do Sul, venceu nesta sexta-feira (19) o Miss International Queen 2010, em Pattaya, na Tailândia. O concurso é uma espécie de "Miss Universo" dos transgêneros, com 23 representantes de 14 países.
Mini celebra sua vitória no concurso, na madrugada desta sexta-feira (19), em Pattaya, na Tailândia.Mini celebra sua vitória no concurso, na madrugada desta sexta-feira (19), em Pattaya, na Tailândia. (Foto: AFP)
Em segudo lugar, ficou Ami Takeuchi, do Japão, e em terceiro, Stasha Sanchez, dos EUA.
Duas travestis brasileiras disputavam: Michelly X, de São Paulo, era a Miss Brasil, e Stella Rocha, natural de Belém, foi uma das representantes da França, país onde vive.
VEJA FOTOS DAS CANDIDATAS
A vencedora, Mini.A vencedora, Mini. (Foto: AFP)
A final do concurso foi realizada em um teatro na cidade de Pattaya. Participaram travestis e transexuais entre 18 e 36 anos tendo feito ou não cirurgia de mudança de sexo.
A prova do gênero natural podia ser solicitada na forma da certidão de nascimento ou com exame médico. Cada país podia contar com mais de uma miss. As Filipinas tinham cinco representantes; Estados Unidos, França, Japão e Canadá contam com duas participantes.
Além da coroa, a miss vencedora leva um prêmio de US$ 10 mil. No ano passado, o título ficou com Haruna Ai, do Japão. A transexual brasileira Danielle Marques ficou em terceiro lugar.
Michelly X, de São Paulo, representa o Brasil; Stella Rocha, de Belém, será Miss França, onde viveMichelly X, de São Paulo, representou o Brasil; Stella Rocha, de Belém, foi Miss França, onde vive (Foto: Divulgação)
 
Fonte http://g1.globo.com/mundo/noticia/2010/11/sul-coreana-ganha-miss-universo-dos-transgeneros-na-tailandia.html
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Mott sobre ataques a gays: Igrejas têm mãos sujas de sangue

por Ana Cláudia Barros, em Terra Magazine
O espancamento de homossexuais por jovens de classe média alta na Avenida Paulista e a tentativa de homicídio contra um rapaz de 19 anos após a Parada Gay na orla de Copacabana, no Rio de Janeiro, ambos ocorridos no último fim de semana, são, na opinião do antropólogo e historiador Luiz Mott, resultado da intolerância, reforçada por um discurso fundamentalista religioso.
“A maior visibilidade e a conquista de espaços públicos por parte de homossexuais provocam a ira dos mais intolerantes, que estavam acostumados a um complô do silêncio”, afirma, completando:
- As igrejas cristãs, em geral, têm as mãos sujas de sangue, pela intolerância que divulgam nos púlpitos e nas televisões. Elas fornecem munição ideológica para aqueles que têm ódio de homossexuais, fazendo com que esse ódio aumente. Vai chegar uma época em que o papa e essas igrejas vão pedir desculpas de joelhos aos homossexuais, como a igreja já pediu desculpas aos judeus, negros e índios.
Para Mott, que é fundador do Grupo Gay da Bahia (GGB), o País trata a questão da homossexualidade de forma contraditória:
– O Brasil tem um lado cor de rosa, que é representado pelas paradas gays, tem mais de 200 paradas e a maior parada gay do mundo; tem a maior associação LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais) da América Latina; tem o Programa Brasil Sem Homofobia, ou seja, conquistou muitos avanços, mas tem um lado vermelho sangue. O Brasil é o país líder em assassinatos de homossexuais. Não é o país mais homofóbico do mundo, porque não temos leis, como no Egito ou no Iraque, onde os homossexuais podem ser executados, mas, a cada dois dias, um gay, uma travesti ou, em número muito menor, uma lésbica é vítima de crimes de ódio. São crimes praticados com requintes de crueldade.
Confira a entrevista.
Terra Magazine – No último fim de semana, houve episódios de violência contra homossexuais, tanto no Rio de Janeiro quanto em São Paulo…
Luiz Mott – E acrescente três travestis assassinadas no Paraná, também no último fim de semana. A bruxa está solta. A maior visibilidade e a conquista de espaços públicos por parte de homossexuais provocam a ira dos mais intolerantes, que estavam acostumados a um complô do silêncio. Os próprios homossexuais não se expunham para evitar situações de risco. Há anos, na Bahia, quando passavam um gay e os machistas percebiam, eles gritavam: ‘Tchibum’. Como dizendo: ‘Ali passa o veado, vamos caçar o veado’. Era uma forma de desmascarar.
Hoje, as pessoas partem para a agressão física, como aconteceu (em 2000) com o Edson Neri, na Praça da República (São Paulo), que foi o caso mais emblemático. Ele foi trucidado por um bando de carecas neonazistas. Acho que essa visibilidade incomoda. Há também a intolerância religiosa, que continua pregando como nunca, a ponto do (pastor Silas) Malafaia colocar cartazes na rua, dizendo que Deus criou o homem e a mulher, ou seja, a homossexualidade é uma aberração, um pecado.Tem essas duas coisas, a visibilidade que provoca a intolerância, que é reforçada por um discurso fundamentalista.
O Brasil tem um lado cor de rosa, que é representado pelas paradas gays, tem mais de 200 paradas e a maior parada gay do mundo; tem a maior associação LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais) da América Latina; tem o Programa Brasil Sem Homofobia, ou seja, conquistou muitos avanços, mas tem um lado vermelho sangue. O Brasil é o país líder em assassinatos de homossexuais. Não é o país mais homofóbico do mundo, porque não temos leis, como no Egito ou no Iraque, onde os homossexuais podem ser executados, mas, a cada dois dias, um gay, uma travesti ou, em número muito menor, uma lésbica é vítima de crimes de ódio. São crimes praticados com requintes de crueldade.
A principal justificativa desses assassinatos é o preconceito, a aversão aos homossexuais?
Sim. São crimes em que a vulnerabilidade da vítima é fator fundamental. O assassino parte do pressuposto ou que o gay é frágil, efeminado, não vai reagir, é presa fácil ou que ele não vai ter o apoio dos vizinhos, do zelador do prédio, porque os gays são pessoas, muitas vezes, odiadas. Há casos em que o gay gritou pedindo socorro e a vizinha não foi porque teve medo ou porque não tinha nenhuma solidariedade.
Há ainda outro fator, que chamamos de homofobia cultural. Por que a travesti está fazendo pista (se prostituindo) e, muitas vezes, está envolvida no crack? Porque ela foi jogada, foi expulsa para a margem da sociedade. Então, mesmo nos crimes em que há envolvimento com droga ou nos casos de latrocínio praticado por rapazes de programa, que transam com o gay e depois matam e roubam a vítima, a homofobia cultural está presente. Partiu-se do princípio de que veado tem mais é que morrer.
Você apontou os paradoxos que há no Brasil (o cor de rosa e o vermelho sangue). Há uma falsa tolerância?
Na verdade, há essa contradição. Os estrangeiros costumam dizer que, na América Latina, não há lugar mais fácil para paquerar, transar com homens gays, bissexuais do que no Brasil. Ao mesmo tempo, é um País que tem esse componente de agressividade letal. Em 2009, foram 198 assassinatos documentados. Em 2010, até ontem, eram 175 assassinatos. A tendência é que feche o ano ou no mesmo número ou em número maior. A média (sobre vítimas) geralmente é de 70% de gays, 27% de travestis e 3% de lésbicas.
Como essa contradição pode ser explicada?
Considero que o machismo brasileiro e o latino-americano tem raiz histórica no escravismo. Os brancos machos, donos do poder, eram menos de 20% da população. Então, para manter os outros 80% da população submissos, explorados, o macho latino-americano tinha que ser super violento e viril. Qualquer efeminação, medo podiam representar uma possibilidade de os oprimidos tomarem conta. Então, acho que essa violência contra homossexual é uma forma de afirmação da masculinidade. A homofobia e os crimes de morte têm a ver com uma afirmação do machismo, da virilidade e com a ideia de, sobretudo quando o gay é assassinado por rapaz de programa, uma questão de classe.
Há pesquisas que mostram que as pessoas de classes sociais mais baixas são mais homofóbicas, mais intolerantes, mais conservadoras.
Mas o ataque, por exemplo, aos jovens gays na Avenida Paulista foi promovido por estudantes de classe média alta.
Primeiro, tem que ver se é mesmo classe média alta ou simplesmente de classe média. A homofobia está presente em todas as classes sociais, inclusive na classe alta, embora seja predominante nos extratos mais baixos.
A universidade Mackenzie publicou em seu site um manifesto contra a lei que crimiminaliza a homofobia. O que você achou da iniciativa?
Desde o tempo em que eu era estudante da Faculdade Maria Antônia (USP), em frente ao Mackenzie, havia guerras campais. A Maria Antônia era reduto dos comunistas. Eles (Mackenzie) sempre foram reacionários, extremamente conservadores. Eu me admiro porque a intolerância tem sido maior nas igrejas pentecostais, que não são as igrejas protestantes históricas. E eles são presbiterianos, que é uma igreja histórica que, nos Estados Unidos, tem um posicionamento muito mais favorável. Há pastores gays assumidos no presbiterianismo, inclusive no Brasil. Foi muito chocante uma igreja mais aberta, como a presbiteriana, e pelo fato de ser em uma universidade, um lugar onde se deve ensinar a ciência, e não o criacionismo. É uma inversão. A universidade virou um púlpito, mais intolerante do que as próprias igrejas pentecostais, Universal, Assembleia de Deus, que têm como líderes Malafaia, (Marcelo) Crivella e Magno Malta, que são nossos maiores inimigos.
Para você, um posicionamento mais radical em relação à homossexualidade colabora para a ocorrência de crimes contra homossexuais?
Com certeza. As igrejas cristãs, em geral, têm as mãos sujas de sangue, pela intolerância que divulgam nos púlpitos e nas televisões. Elas fornecem munição ideológica para aqueles que têm ódio de homossexuais, fazendo com que esse ódio aumente. Vai chegar uma época em que o papa e essas igrejas vão pedir desculpas de joelhos aos homossexuais, como a igreja já pediu desculpas aos judeus, negros e índios.
Particularmente, esse papa Bento XVI se distinguiu, desde quando era assessor de João Paulo II, como sendo o mais intolerante dos papas dos últimos séculos. Ele disse: ‘O homossexualismo (usando o termo patológico) é intrinsecamente mau’. Então, a partir daí é que as igrejas protestantes, inclusive muçulmanos, impediram que na Organização das Nações Unidas seja incluída a orientação sexual como direito humano fundamental.
Há muita resistência para aprovação do PLC (Projeto de Lei da Câmara) 122. Você acredita que a lei que criminaliza a homofobia vai ser aprovada? Qual sua expectativa?
Faltou vontade política ao Lula. Ele poderia ter pressionado a bancada aliada para que votasse. Há mais de uma dezena de leis no Congresso Nacional dentro da agenda LGBT e nenhuma foi aprovada. Como a Dilma vai ter maioria nas duas Casas, vamos pressionar ao máximo para que ela mobilize seus aliados.
A senadora eleita Marta Suplicy disse textualmente que a situação dos homossexuais no Brasil piorou. O número de assassinatos aumentou, nenhuma lei foi aprovada e nossos vizinhos conquistaram mais direitos, como a Argentina, que tem o casamento gay. Até o Chile e o Uruguai tiveram legislações contra a homofobia aprovadas, de modo que, infelizmente, na última década, eu digo: Se ficar, a Aids pega, se correr o homófobo mata. Para os homens heterossexuais, a Aids representa 0,8% de infecção. Entre os gays é de 11%. Infelizmente, a esperança de vida para os homossexuais nos últimos anos piorou, diminuiu. É preciso políticas efetivas. Não há nenhum governo que tenha feito tanta mobilização, programas, conferências, coordernadorias, mas nada sai do papel.
Você acha que se o PLC 122 fosse aprovado inibiria de fato a violência contra homossexuais ou seria uma lei inócua?
Há mais de 20 anos que o Grupo Gay da Bahia pleiteia a equiparação da homofobia ao racismo. Bastava para nós que os mesmos insultos, agressões, discriminações que são categorizados, no caso do racismo, como crime inafiançável, que fossem na mesma extensão para os delitos em relação à orientação sexual. Porém, esse projeto de lei, da Iara Bernardi (PT), que é a autora original do projeto, foi muito detalhado. Inclusive, como aconteceu com a lei de Juiz de Fora (Lei Municipal nº 9791, conhecida por ‘Lei rosa’), permitindo afeto em público por homossexuais…
Não tinha necessidade de colocar isso no PLC 122, porque o que não é proibido é permitido. É isso que tem atraído a ira dos evangélicos. Eles acham que os gays vão se beijar e transar dentro da igreja. Acho que o projeto de lei é importante porque tipifica os delitos de homofobia e, sendo aprovado, vai inibir a prática da homofobia no dia-a-dia, mas não tem nada sobre a violência letal. Falta no projeto uma explicitação sobre isso.
A aprovação é fundamental, sobretudo, para marcar a presença de 10% da população brasileira constituída por LGBTs, que vão ter o mínimo de proteção legal. Na Constituição de 1988, não incluiu a proibição de discriminar por orientação sexual e isso permite que juizes, delegados, policiais digam que discriminar gay não é crime. Em outros países há leis severas contra a homofobia.

Fonte http://diversidaderio.blogspot.com/2010/11/mott-sobre-ataques-gays-igrejas-tem.html?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter
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