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Ator Caio Castro - polêmica

 Caio Castro:"melhor ter fama de pegador, a ter de gay"!


 


 Comentários:




O autor de Estampa Fina, Aguinaldo Silva defendeu ontem em seu Twitter as declarações do ator Caio Castro, que trabalha em sua novela como o filho ingrato Antenor. "Concordo com Caio Castro: prum galã de tevê, é melhor ter fama de pegador que de viado... Ou ele não arranja mais trabalho", disse o autor que é homossexual assumido e que foi um dos fundadores do jornal “Lampião da Esquina”, o primeiro jornal gay brasileiro, publicado no final dos anos 70.


Para Silva, galã ter fama de pegador pode, pois isso é positivo para sua carreira, mas quando ele tem fama de ser gay, perde trabalhos. “Quando querem derrubar um galã nunca o acusam de "pegar" mulheres demais. Quando a baixa mídia resolve "derrubar" um galã, lança logo suspeitas sobre sua sexualidade", disse o autor ao site Ego.

A polêmica colocou o ator no topo dos assuntos mais comentados no Twitter nesta quarta-feira.




Nota da ABGLT ao ator Caio Castro

A ABGLT – Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – é uma entidade nacional que congrega 257 organizações congêneres de todo o Brasil, tendo como objetivo promover e defender os direitos humanos destes segmentos da sociedade. A ABGLT também é atuante internacionalmente e tem status consultivo junto ao Conselho Econômico e Social da Organização das Nações Unidas.

Posto isto, em primeiro lugar, a ABGLT gostaria de sinceramente parabenizá-lo pelo excelente trabalho que vem desempenhando na novela “Fina Estampa”. Seu rápido progresso profissional é seguramente o resultado de muito esforço e sacrifício, e sem dúvida merecedor de admiração. Continue sempre assim, lindo, talentoso e batalhador, para que continuemos a ter o prazer de aplaudi-lo em cada um de seus futuros passos profissionais.

No entanto, dizer que é “melhor ser pegador do que veado” é ofensivo à população de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT), mesmo que sua fala tenha sido publicada fora do contexto original; pode ser que você estivesse brincando, da mesma forma que muita gente brinca com esse assunto no Brasil. Pesquisas recentes mostram que há uma quantidade significativa de crianças e jovens estudantes LGBT que são achincalhados diariamente por seus colegas com palavras semelhantes às que você disse e quando esses fatos são relatados aos educadores responsáveis, a reação quase sempre é “ah, foi uma brincadeirinha de criança/adolescente.” 

Infelizmente, “brincadeirinhas” dessa natureza são suficientemente dolorosas para que um grande número de crianças e jovens LGBT decidam abandonar os estudos pelo simples fato de não “aguentar a barra”. Sem dúvida esta última afirmação, além de constar nas pesquisas acima mencionadas, pode ser corroborada pessoalmente junto aos vários amigos gays que você disse ter.

Dizer que é “melhor ser pegador do que veado” é uma declaração de valores desnecessária e que afeta muita gente, nesse caso específico, a juventude brasileira LGBT. Quando um artista tão querido do público como você diz, por exemplo, “prefiro ser magro a ser gordo”, a juventude gordinha que admira esse ídolo sente-se genuinamente magoada, por mais verdadeira – e digna de respeito – que seja a preferência desse mesmo profissional em ser magro.

Apesar de reconhecermos a importância de você ter rapidamente elucidado o mal entendido causado por sua fala, gostaríamos que você não minimizasse jamais a mágoa que declarações aparentemente corriqueiras podem causar em outras pessoas, principalmente aquelas que mais nos querem e nos ajudam a sermos o que somos, profissional e pessoalmente.


ABGLT – Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais

24 de novembro de 2011 



 Instituto ELOS:

Esse depoimento machista, preconceituoso, homofobico e ofencivo do ator caio castro é resultado de uma cultura impregnada em nossa sociedade, desde os tempos da colonização. É um "costume" que deve ser descontruido e dismirtificado em toda nossa sociedade. 
Ao longo dos anos foi criado essa cultura de que o homem tem que ser o "pegador", machista. Aquele cara que arrota, peida, cospe. Se hoje o sul do país tem a fama de ter uma grande concentração de pessoas homossexuais, é conta desse culto ao homem grotesco, do tempo das cavernas. Só pq os homem do sul do país saim do brasil pra estudar na Europa e quando voltavam, eram homens refinados e educados, os outros taxaram de 'Fresquinhos". 
Nós homossexuais n podemos ver esses tipos de comentários como normais ou uma brincadeira!
Eu Prefiro ter fama de homossexual á ter de pessoa sem carater, dignidade!

Harry Sardinha
coordenador Executivo!

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